Tendências na Gestão Jurídica para 2018

Tendência Gestão Jurídica

Caro(a) advogado(a), como está a gestão da sua carreira e de seu escritório? Tem inovado e buscado pelas oportunidades que o mercado oferece?

Os departamentos jurídicos das empresas e as bancas tem investido em profissionais inovadores, que não se apegam ao modelo tradicional das organizações jurídicas.

O Mercado exige hoje mais do que as técnicas do Direito; exige competência empreendedora e visão sistêmica.

Gestão estratégica, acompanhamento de indicadores de performance, negociação, liderança, uso de tecnologias de gestão e gestão de pessoas são só algumas das habilidades exigidas dos profissionais que atuam nessa área.

Estar atualizado com este novo mercado jurídico fará a diferença para que você possa obter sucesso em sua advocacia, pois 2018 será o ano da Gestão Jurídica no Brasil!

O mercado jurídico começou a atentar-se em relação a isso, mas todo cuidado é pouco na hora de buscar um profissional que te oriente nesta área. Em primeiro lugar deve ser alguém que conheça bem de gestão e para isso tenha formação ou especialização no assunto. Além disso, precisa ser um profissional que conheça bem o mercado jurídico, que tenha vivência na área, para uma melhor orientação.

E afinal, quais seriam as tendências para 2018?

Tendência é algo relativo quando falamos de propósitos e tamanhos de bancas diferenciadas.

Primeiramente, é importante ater-se que, antes da aplicação de qualquer ferramenta de gestão em sua banca, você deve entender melhor sobre a cultura de sua organização jurídica.

Costumo dizer em minhas consultorias que não existe uma fórmula ou receita de bolo que sirva para todos, é preciso primeiro que possamos nos conhecer a fundo, principalmente no que se refere a equipe, pois é ela que fará a diferença na hora da construção de uma banca sólida e sustentável, e a cultura organizacional interfere diretamente no clima dessa organização.  Preciso identificar o comportamento organizacional de minha banca, que é o estudo e a aplicação do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações. Em vista disso, entender até onde minha equipe está disposta a ir, para onde ela quer ir, e se estão alinhadas aos valores da banca, pois não adianta aplicar inúmeras técnicas de marketing ou gestão onde não exista sinergia.

Portanto, a primeira tendência, e esta nunca falha em época alguma, é conhecer, a cultura organizacional da minha banca. Seria o primeiro ponto, afinal as organizações, sejam elas jurídicas ou não, são fenômenos complexos e paradoxais que podem ser compreendidas de muitas maneiras diferentes. Frequentemente falamos delas como se fossem máquinas desenhadas para atingir fins e objetivos predeterminados, e tentamos organizá-las e administrá-las de maneiras mecanicista, induzindo sua qualidade humanas para um papel secundário, agravando mais ainda a adaptação as mudanças, pois estas bancas acabam não aderido as inovações do mercado, correndo o risco de ficar para trás e até mesmo não sobreviver a ele.

Mas é possível pensar em uma organização jurídica como se fosse um organismo, identificando diferentes tipos de bancas em diferentes ambientes, e descobrimos que certas espécies de bancas estão mais adaptadas para determinadas condições ambientais do que outras, e aí surgem as inovações.

Após conhecer melhor o ambiente interno da banca ou departamento eu consigo desenhar melhor os meus propósitos para que os mesmos realmente surtam efeitos.

O que vem a seguinte não é uma receita de bolo, até porque como eu mesma disse, existem muitos fatores para que você possa determinar melhor qual caminho seguir, mas ela serve como uma base, seguindo o exemplo de modelos de organizações que obtiveram sucesso, e aquilo que servirá como suporte para as organizações jurídicas em 2018, tendo em vista a forte tendência de gestão nas Organizações Jurídicas.

  1. Natureza do ambiente – Identificação dos pontos fortes e fracos no ambiente interno da organização jurídica bem como oportunidades e ameaças em relação ao ambiente externo. Busca constante de inovações e estudo profundo sobre o mercado onde atua.
  2. Natureza da tarefa enfrentada – Identificação do serviço que a banca entrega. Escolher o nicho e o modelo a ser seguido, seja ela padronizada, customizada, especializada ou científica, pois cada uma dessas requer um perfil de equipe, com sócios diferentes.
  3. Organização do trabalho – Funções claramente definidas através de um plano de carreira gerando perspectivas nos colaboradores, porém integradas entre si e com flexibilidade, entendendo que o todo é que traz resultados.
  4. Sistema de Comunicação – A excelência na comunicação interpessoal é item fundamental para o sucesso de líderes, colaboradores e equipes. É de suma importância reuniões frequentes e objetivas em todos os níveis das bancas. Conhecimento por toda equipe em relação missão, e propósitos da banca, e também, conhecimento das atividades cada colaborador exerce.
  5. Natureza do Comprometimento – O colaborador de uma banca jurídica precisa ter comprometimento com a função que exerce, mas reconhecendo a necessidade de flexibilidade em face às contingências provenientes da situação total.

O maior ativo das Organizações são as pessoas, e as bancas e departamentos jurídicos dependem delas para atingir seus propósitos, cumprir sua missão e gerar resultados.

Pesquisa da ALA (Association Legal Administrator), associação na qual tenho a satisfação de participar como membro, revela que o conflito de valores ou ideais é um dos motivos mais relevantes que vem afastando os talentos das organizações.

Portanto, a identificação do ambiente e por fim a sinergia da equipe norteará para o crescimento e sustentabilidade de sua organização jurídica. Que façamos de 2018 um ano de inovação e ousadia aplicando a gestão jurídica com consciência de que  as organizações sejam elas jurídicas ou não dependem, para viver – sob forma de atividade organizacional contínua – das ações criativas, visão sistêmica e capacidade de melhor adaptação as mudanças dos profissionais que nela atuam.

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Advogada. Gestora. Consultora em Gestão Jurídica, com selo Nacional de Qualidade ABRACEM (Associação Brasileira de Consultores Empresariais). Founder & CEO da Performance Juris Consultoria. Coordenadora do MBA em Gestão Jurídica do IPOG. Advisory Board - FENALAW. Conselheira da ABMCJ (Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica). Presidente da Comissão Especial de Inovação e Gestão OAB-GO. Master Coach, e Analista Comportamental. MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas –FGV. Capacitação em Gestão e Organização de Escritórios de Advocacia (Atame). Capacitação em Administração Legal (FGV). Capacitação em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Capacitação em Business Intelligence y al Big Data pela Universitat Oberta de Catalunya. Membro da Association legal Administrators.

2 Comments

  1. Excelente artigo.
    A inovação e excelência tem que acontecer todos os dias no meio profissional, especialmente na gestao jurídica.
    Parabéns Doutora Isis Fontenele por mais essa demonstração de competência, determinação e transformação.

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