Gestão de escritórios de advocacia na era da disrupção

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A gestão está presente no nosso dia a dia sem que a maioria de nós perceba. Uma boa ou má gestão pode representar toda a diferença entre o nosso sucesso ou fracasso.

Quando jovens, como estudantes, temos que gerir o tempo entre brincar e estudar, na véspera de uma prova, temos que tomar a decisão de ir a uma balada ou estudar e descansar para estar bem preparado. Tudo isso poderá começar a definir um futuro de sucesso ou fracasso.

Quando escolhemos uma faculdade e a carreira a seguir, fazendo uma boa gestão de onde queremos chegar, em muito facilitará o atingimento deste objetivo.

Quando constituímos uma família, gerir bem os recursos financeiros permitirá uma vida mais tranquila, com menos surpresas e atropelos para se ter imóveis, carros, bons estudos para nossos filhos e muito mais.

No escritório de advocacia não é diferente!

Já há algum tempo não existe mais espaço para falta de profissionalismo, para amadorismo, para improvisos.

No Brasil, com mais de um milhão de advogados e dezenas de milhares de sociedades de advogados, vários dos serviços jurídicos já viraram commodities.

Portanto, ser um advogado com elevada qualidade técnica é condição básica, porém não mais suficiente. É fundamental realizar uma boa gestão. 

O mercado demanda cada vez mais serviços de qualidade com rapidez na entrega, disponibilidade dos profissionais, preço competitivo e diferencial em relação à maioria.

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É importante gerir bem os recursos: humanos, tecnológicos e financeiros.

Para produzir serviços de qualidade, tem-se que contratar, motivar e reter profissionais com elevada capacidade, não só técnica, como de gestão, pois deverão ser multiplicadores desta administração.

Para entregar um serviço com rapidez tem-se que ter procedimentos e fluxo de processos de trabalho eficientes, o que é obtido através de uma boa gestão, além de ferramentas tecnológicas de ponta que irão auxiliar esta execução.

Para que se possa oferecer um serviço com qualidade e rapidez a um preço competitivo tem-se que gerir bem os custos para que se possa praticar este preço com a lucratividade desejada.

Além disto, enfrenta-se inúmeros outros escritórios fazendo o mesmo, tornando obrigatório a existência de algo  que os diferencie em relação aos demais, que os torne único.

Para complicar, nenhum advogado viu ou estudou isto na faculdade. Deficiência crônica nas faculdades de direito no Brasil que não oferecem matérias de gestão e administração para seus alunos.

Bom, mas não dá para ficar reclamando, sentado chorando! A solução é arregaçar as mangas e correr atrás de conhecimentos nestas matérias ou alguém que saiba e possa contribuir.

Costumo dizer que, da mesma forma que quem não é advogado deve buscar um para produzir um contrato, por mais simples que seja, um advogado deve buscar um gestor para ajudá-lo na administração do seu negócio.

Tudo isto por si só já seria bastante desafiador, mas acontece que estamos num momento de disrupção. Não é mais suficiente apenas mudar um pouco, ajustar. Temos que desconstruir para construir  algo totalmente novo, temos que aprender a desaprender, para reaprender.

As relações de trabalho estão mudando, cada vez mais profissionais estão fugindo do tradicional contrato de trabalho, querendo trabalhar remotamente (home office); linhas de subordinação/hierarquias estão sendo desrespeitadas, porque o jovem ainda não apresenta  experiência e conhecimento como o profissional mais velho, mas detém com muito mais desenvoltura as ferramentas tecnológicas do que os mais experientes que não sabem usar estes recursos com a mesma destreza. Desta forma a relação entre os profissionais passa a ser de parceria e não mais de chefe – subordinado.

As relações contratuais também estão mudando. Por exemplo, não dá mais para fazer um processo licitatório de transporte coletivo por 20 anos. Na era do carro autônomo, realidade a partir de 2018 em vários países, daqui a 20 anos talvez nem existam mais ônibus…

Com a inteligência artificial chegando, muitas das atividades de vários profissionais serão executadas por computadores, inclusive na área jurídica.

Gostemos ou não, é realidade. A evolução tecnológica é exponencial, e não linear como estamos acostumados a pensar.

Desesperar? Jamais! Para cada uma destas mudanças existem inúmeras oportunidades que muitos poderão se aproveitar. Sendo assim, é importante focar: primeiro, em não perder tempo nem recursos, sendo refratários e negando as mudanças; segundo, em buscar a constante atualização para não perder a competitividade.

Exemplos: Uber, Cabify, Airbnb, carros autônomos etc.

E para ficar mais próximo da nossa realidade: reforma trabalhista, previdenciária, eleitoral, tributária irão produzir mudanças significativas na vida da sociedade!

É bom lembrar que o direito transita por tudo isto. Leis, normas, regulamentos precisarão ser ajustados para todas estas mudanças; organizações, no seu mais variado campo, terão que se adequar a todas estas mudanças, e o papel do advogado será essencial para tudo isto se ajustar a uma nova ordem que está sendo criada.

Seja você o agente desta revolução!

Mario Esequiel é Consultor em Gestão de Escritórios/ CEO da Bórea

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